terça-feira, 30 de junho de 2015

3, 2, 1 Partida! Começaram as corridas

As corridas para as depilações, as manicuras e as pedicures
As corridas para as lojas, para as promoções e para os saldos
As corridas para as férias, para as praias, para as bolas de Berlim, para os aeroportos
As corridas daqui para fora
Eu cá ainda só corro para o trabalho...

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Puzzle

No fundo ela teria mesmo a necessidade de o menosprezar, minimizar, ignorar, fazer questão  de o reduzir à sua insignificância para que ele não pudesse nunca pensar que alguma vez teria importância ou valor. Denotava-se até um pouco de agressividade  no olhar e na voz. Ele sabia-o.
Estava bem assim pensava ela, há pessoas que trazem a verdade espelhada na cara e a sinceridade na língua. Essas, é importante fazê-las calar.
Haveria no entanto momentos e dias em que seria inevitavelmente necessário mudar de atitude. Alguma atenção, um pouco de doçura, talvez até alguma importância ou um pouco de valor teriam de ser demonstrados pois faltaria uma pequena peça para concluir o puzzle. Peça essa que poderia ajudar a concluir o puzzle do suposto poder, essa doce e maravilhosa sensação que tinha provado e já não vivia sem. Um gosto algumas vezes amargo é certo, mas um gosto que queria para sempre.
Uma vez concluído, tudo voltaria ao normal, até haver necessidade de concluir mais um.
Se ele estivesse para isso...

sábado, 27 de junho de 2015

sexta-feira, 26 de junho de 2015

Problemas no canal

Estou a falar daquele canal, o da mancha, que une o Reino Unido a França, onde existe o Eurotunel. O túnel ferroviário por onde circulam milhares de produtos, veículos e pessoas fazendo do longe, o perto. 50,5 kms de túnel, inaugurado em maio de 1994 após sete anos de construção. Das obras mais importantes feitas na Europa nos últimos tempos que aproxima rapidamente coisas e pessoas. Uma das minhas funções profissionais é enviar coisas para o estrangeiro e acontece que sempre que envio algo para a nossa vizinha Inglaterra, já sei que alguma calamidade vai acontecer e os produtos não vão chegar a tempo e horas. Problemas no canal, sempre problemas no canal! 
Passei a estar atenta pois nunca me tinha apercebido de tal questão. Desde greves, incêndios, curto-circuitos, falhas de energia, acontece de tudo um pouco naquele canal atrasando todo o fluxo normal.
Esta semana não foi excepção. Inspecções estão a ser levadas a cabo devido aos distúrbios causados pelos migrantes que tentam a todo o custo atravessar mares. Os migrantes e o mar. Desta feita não morreram afogados porque por acaso construíram lá um túnel, mas o mar parece ser para eles fatal como o seu destino. Não bastam os exemplos anteriores para os fazer parar. Ou o desespero é tão grande que para eles morrer ou não morrer é uma questão de menor importância...

quinta-feira, 25 de junho de 2015

A espera

Estou para aqui esfaimada, em jejum, à espera da medicina no trabalho... Como é que um pormenor tão mínimo que é tomar o pequeno almoço antes de sair de casa faz tanta diferença ao nosso estado geral...

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Enigma?

Não sei se o que vejo é o que realmente vejo, se é aquilo que quero ver, se é o que me querem mostrar ou se é aquilo que me mostram mesmo.
Mas por vezes até sei....

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Coisas que só acontecem à minha pessoa

No sábado choquei com um sinal de trânsito. Pois!
Não, não vi o raio do sinal porque ia numa caminhada em grupo a conversar com uma amiga e a olhar para ela. 
Não, não tinha bebido. Ainda.
Primeiro ninguém me ligou, acharam que estava na brincadeira, mas perante o inchaço da minha fronte esquerda e eu toda arrelampada aos esses que até vi passarinhos e tudo e, atendendo a todo um historial de quedas, arranhões, esfarrapadelas e cortes, lá me puderam a gelo. Passou.
Lá mais para a noite fiquei em vinha d'alhos, mais em vinha que em alhos e nunca mais me lembrei. Eis que no domingo, passada a anestesia, além da ressaca, eu estava paralítica. Mesmo! A minha fronte esquerda toda dorida, o meu lombar direito, talvez do embate no sinal, teso que nem um bacalhau seco, cheia de dores que nem me conseguia mexer. 
Tenho a dizer-vos que nem a sesta de ontem na praia, nem os benurons, pomadas e anti-inflamatórios de hoje surtiram qualquer efeito. Logo hoje que queria sair do trabalho, pegar na bike e ir pedalar qual Joaquim Agostinho e treinar velocidade pois maridão diz que eu já não sei rolar e só ando para aqui a empastelar. A ideia era chapar-lhe a média nas trombas. Mas com jeitinho vá, que ele é um querido e só quer é incentivar-me para eu melhorar.
Qual quê, parece que engoli um garfo!
E aqui estou eu, na cadeira de massagens que herdei de Papai, há horas a passar o rolo nas costas, a ver se isto me passa..
P'lamordeus, vocês nunca choquem com um sinal de trânsito.


domingo, 21 de junho de 2015

Descarrilar

Nunca se sabe muito bem quando é que o comboio começa a descarrilar. 
Talvez quando a velocidade se torna excessiva, ou quando o maquinista não consegue fazer bem uma manobra ou se distrai, ou mesmo quando há um obstáculo na linha ou os passageiros não colaboram ou colaboram até demais. Por vezes acontece até que o conjunto de todas estas situações propiciem o descarrilamento ou então, quem sabe, nem sequer exista uma explicação para certos descarrilamentos.

Comecei a descarrilar na sexta-feira às 6 horas quando saí do trabalho, desliguei o piloto automático e comecei a manobrar o comboio em alta velocidade, houve vezes em que abrandei, sempre voltando a meter a rapidíssima, mas no sábado à tarde o raio da linha começou a ter curvas e contra curvas, obstáculos, ventos de suão que traziam ondas de um calor abrasador que quase derretiam a linha e os carris. À noite foi o descarrilamento total propriamente dito, o calor e um conjunto de outros fatores traz destas coisas. Não houve mortos nem feridos,  mas foi um estardalhaço bom e bonito de se ver, Só voltei a conseguir encarrilar hoje depois da sesta na praia. Há muito que não descarrilava assim, acho já não tenho idade para estas coisas. 
Posto isto, vou voltar a ligar o piloto automático para mais uma semana, mas posso dizer-vos que voltava a descarrilar já na próxima sexta-feira.
Boa semana

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Ó diabo!

Há uns tempos vi o filme "Still Alice" (muito bom) e desde então não me sai da cabeça esta p@ta desta falta de memória  que por vezes me ataca, mais o nome de um certo alemão que andou a inventar doenças. Nada de grave para uma pessoa que já não vai para nova, mas arrepiante para quem já teve toda uma agenda telefónica na cabeça, não em formato retangular, claro, mas embutida na própria da memória.
Além de números de telefone, dezenas que sabia de cor, não me escapava uma cara, um nome, um local, uma música e muitas outras coisas, que de tão inúteis fui decidindo apagar aqui do chip. Não devo ter apagado o suficiente, já que está tão cheio como uma abóbora menina, pouco mais cabendo que tenha interesse, ou não. 
Julgo que a invenção de certos auxiliares de memória, como smartphones, agendas eletrónicas e tablets tenham contribuído para tal e também acredito que eu não esteja só nestes medos, muitas pessoas se queixam deste mal e isso não significa que tenha o dedo do tal alemão. Deixámos há muito de exercitar os neurónios o que os tornou  preguiçosos e quando necessitamos que funcionem, mandam-nos dar uma volta estando a banhos numa qualquer praia do cérebro dificilmente querendo dar-se ao trabalho.
Atualmente, sei 3 ou 4 números de telefone, locais só me lembro dos mais famosos, caras, aquelas que vejo todos os dias. Nomes então, esqueçam lá isso, algumas caras e nomes são-me familiares mas não consigo localizá-las no espaço e no tempo. Ontem, corri tudo no escritório à procura de um brinco que achei ter perdido e quando cheguei a casa lá estava ele, descansadinho no seu sítio, eu nem sequer o tinha posto, fui só com um...
Bom, nunca esqueci os filhos na escola ou no carro e sempre soube o que se faz com um telefone ou como se usa um tampão, mas com isto dos alemães, nunca se sabe...

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Estou muito desgostosa




Snif, snif!
Andei toda a semana a ver a última temporada e acabei de ver o último episódio do "Game of Thrones" e morre o John Snow???
Desculpe quem ainda não viu, mas isto não se faz, a coisa mai linda da série morre-me assim?? E agora, como vão dar a volta à história? Vou ter de esperar meses e meses numa ansiedade tremenda, à espera da próxima temporada e nem sei como vou aguentar-me, estou mesmo desgostosa, tadito pá...

Bom, vou ali recompor-me e amanhã este blog volta ao funcionamento normal. Snif, snif!

terça-feira, 16 de junho de 2015

Encarnação

Encarnação  era a comadre de Mamãe que ia lá a casa cavar o quintal quando eu era garota. Mas encarnação também é, dizem, quando nos dá um fanico e falecemos, voltando a viver no corpo de outro ser vivo. Eu, quando for encarnação quero ser gajo. 
Passo a explicar:
Um monte de gajos é uma total irmandade amiga, engraçada, que manda piropos e tudo se ri, uma enorme salada de tomates e pepinos engraçados e giros, na sua figura interessante, seja ela gorda, magra ou descaída. Um gajo tem sempre o seu encanto. Já um monte de gajas é uma autêntica panela de pressão em ebulição prestes a saltar-lhe o pipo a qualquer momento, salpicando tudo à sua volta, sempre a serem avaliadas, se são gordas são balofas, se são magras são esqueletos, se são descaídas são cotas. Um enorme molho de grelos, uns algo desbotados, outros mais verdes e viçosos.
Se um gajo não limpa o pó nem aspira é normal, mas se o faz, é uma gajo espetacular que toda a gente quer, já uma gaja, se limpa o pó e aspira é normal, se não o faz, é uma badalhoca e ninguém  lhe pega. 
Se um gajo diz algo engraçado, tem sentido de humor e é um fixolas, se uma gaja diz algo engraçado, fica tudo na expetativa, que aquilo traz água no bico e o que queria dizer não era nada daquilo mas sim lixar alguém, quem? Vá, quem?
Ainda, se um gajo coça os tomates é normal, que um gajo tem ali a salada a badalar e pode estar entalada, mas se é gaja nunca pode. Primeiro porque não tem tomates, segundo, mesmo que lhe dê a comichão ou tenha algo entalado, coçar está fora de questão, é deselegante, é baixo nível, é provocação. 
Arre! Um dia ainda vou ser encarnação.



Vergonha



Helena seguia no seu passo curto e apressado, não sabia muito bem para onde. Naquele dia, curiosamente e ao contrário de em todos os outros dias, não sabia onde se dirigir, absorta que estava em seus pensamentos. Seguia em frente, virava à direita, depois voltava para trás, virava à esquerda, a cabeça baixa e o semblante carregado. Parecia carregar o mundo às costas.
Conhecedora de que errar é inerente à condição humana, que errar faz crescer, aprender, discernir com exatidão o que de mais certo existia na vida, sabia porém, que esquecer seus próprios valores e deixar-se ir pelos valores de outros, errando deliberadamente, era tudo o que não queria para si. Vergonha era o que sentia... 

domingo, 14 de junho de 2015

Mas quem é que inventou isto das corridas ou trail ou lá o que é, ein?

Era alinhá-los e corrê-los todos à estalada. 

É que isto de correr nos pinhais cansa uma gaja, incham-lhe as mãos, ficam-lhe a doer os gémeos e as ancas e o cabelo fica todo delambido e colado à cabeça (ainda bem que cortei as unhas dos pés). E depois, uma gaja ainda tem o azar de pisar um pau, que a faz tropeçar e estatelar-se no chão, mesmo em cheio numa poça de água e ficando com um joelho todo esfarrapado. E depois ainda, bom, depois tem as subidas e as descidas a correr... Só gente doida. Em chegando às bikes, é calçar os sapatos de encaixe, pôr o capacete e arrancar a pedalar à doida para recuperar o tempo perdido a correr que nem uma lesma. O pior foi mesmo no fim, voltar a trocar de sapatos e arrancar a correr de novo até à meta. É o que vos digo, era corrê-los à estalada, isso sim.

Há uns tempos desafiaram-me para um duatlo: corrida/btt/corrida. Eu que detesto correr e nunca corro! Enquanto pensava se havia de aceitar ou não, inscreveram-me e como não sou gaja de dar parte de fraca, olha, "que seja um duatlo então, tenho  15 dias para treinar a corrida".
Estava-se mesmo a ver que não, que uma gaja quando não gosta de correr, arranja todos os argumentos e mais algum para não correr e só corri esta quarta-feira feriado  5 kms na estrada e estava o treino feito. 
Hoje lá fomos nós e apesar de tudo, até foi engraçado, especialmente as minis e as bifanas no fim, que correr não teve piada nenhuma e fez-me ficar tão cansada que pedalar também foi custoso. No fim de contas nem fiz má figura, mas correr? Esqueçam lá isso de correr, pedalar é que é bom.

sábado, 13 de junho de 2015

Um dia ainda mato estes gatos

Antecipadamente grata a todos os que me ajudem a tomar uma decisão.
Das duas uma, ou até ambas. Mando os meus gatos para uma casa de correção para gatos assassinos ou para um workshop de boas maneiras??



Os ratos são para brincar e matar na rua e nunca para levar na boca para o fazerem dentro de casa. Não fora eu ter uma esfregona à mão para dar uma castanhada nos dois, gato e rato e lá ia eu outra vez andar a caçar ratos em casa...


As sanitas são para fazer xixis e cocós e não para beber água...
Gatos que dormem em cima dos meus pés na cama, nestes preparos??? Já não há respeito...
Agora vou ali desinfetá-los, já venho.

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Minas e armadilhas

Amigos dos animais e das pessoas, quando virem este sinal, tirem um saquinho do dispensador e apanhem os cocós dos vossos bichinhos. Não deixem os passeios, a relva e os locais onde as crianças brincam cheios de minas e armadilhas escondidas ou não e prontas a explodir em alguém perto de si. É que alguém distraído pode pisar, esborrachar, tentar limpar aqui e ali e não conseguir, deixando todo um rasto de cocós por aí e ainda fica com o carro, o calçado e a garagem onde põe o calçado de molho a cheirar muiiitttooo mal.


quarta-feira, 10 de junho de 2015

Então e vocês, passearam muito neste feriado?

Eu cá diverti-me à brava, de manhã, porque pela hora de almoço vejo a minha senhora gata, aquele estupor, vir da rua com um rato vivo e gordo na boca, entrar a correr em casa e pousar o rato na despensa. Ai!!! O filha da mãe do bicho desata a correr e escapuliu-se para trás do frigorífico. 
OK! Temos a burra nas couves. Gata ficou a guardá-lo, entrei e fechei a porta. Ali ficámos, eu , a gata e o rato, a tentar caçá-lo, mas nada o fazia sair de lá. Olha, pensei, que se lixe, vais com certeza e morrer eletrocutado. Estive horas de vigia, nada, nem a cabecita a espreitar. 
Chegam os homens a casa. Ai c'horror um rato, ca nojo, deve ser uma ratazana enorme, ai, ainda sobe as escadas e vai para os quartos, tens de o ir tirar. Mariquinhas estes gajos...
Fiquei a pensar que o rato era mesmo muito gordo. E se fosse uma rata? E se estivesse de esperanças? E se nascessem lá ratos? Ratos na despensa, onde está a comidinha??? Vou tirá-lo! 
Ok, eu fechada na despensa. Eu e o rato, que ninguém se prestou a ajudar, aqueles mariquinhas têm nojo de ratos. Vejam bem, se eu não soubesse que tinham, ia jurar que nenhum deles tem tomates. Muni-me de uma vassoura para o atacar e uma pá para o tirar quando já estivesse morto. Tirei tudo ali à volta, arredei o frigorífico e ali estava ele, eletrocutado, mortinho da silva. Fácil, foi apanhá-lo e levá-lo ao lixo. Tanto aparato para nada, até tive pena do bicho, ali esticado. 
Espero que o raio da gata não me traga um crocodilo a seguir, ou uma cobra...

terça-feira, 9 de junho de 2015

Era uma vez

Ele tocava guitarra e os resto do grupo acompanhava. Os seus dedos percorriam as cordas com uma destreza que fazia com que a guitarra parecesse mágica. Ela falava, chorava, gemia, saiam dali sons que faziam com que o público ficasse deleitado a ouvir e em absoluto silêncio num misto de sentimentos e emoções. Aquela guitarra falava, dizia a cada pessoa tudo o que de mais bonito podia haver, despertava sentimentos, emoções. Ele, de cabeça baixa e olhos cerrados estava no seu mundo, a sentir a música e a fazê-la passar dos seus dedos para a guitarra, a música era ele, a sua vida, o seu ser. 
Foi quando ela, com os seus longos cabelos encaracolados desgrenhados, simples na forma e no ser, que conhecia aquela música tão bem e lhe apeteceu cantá-la, ganhou coragem, subiu ao palco e pediu um microfone. O público ficou estupefacto, como é que ela se atrevia? 
Ela, decidida, pegou na canção e às primeiras palavras, ele, que nem se tinha apercebido do que acontecera, abriu os olhos. A voz era rouca, forte, cheia, cheia de tudo. Foi cantando com garra e determinação como se de uma artista se tratasse e a expressão era de puro prazer, de alegria, de sentimento à flor da pele. Ele estava já de olhos muito abertos, fitava-a espantado, ela olhou para ele e os seus olhares cruzaram-se, todos viram aquele fogo cruzado, a luz, a empatia entre eles. Ele já tocava para ela e ela cantava para ele, de costas para o público. O resto da banda foi parando de tocar e ali estavam eles dois, como se uma enorme bolha os envolvesse, como se estivessem sozinhos, como se mais nada existisse para além deles num enamoramento repentino mas intenso. 
O público nem respirava. 
A canção terminou por fim e ela pediu desculpa, agradeceu e saiu do palco. Ele correu atrás dela, pegou-lhe nas mãos, olhou-a nos olhos, pediu-lhe para ficar e ela aceitou. O resto da noite foi surreal, um momento único e inexplicável. Ninguém arredou pé até que o reportório chegasse ao fim, a ver e a ouvir aqueles dois que eram um só.
No fim, ela foi embora sem deixar contacto, ele ficou à porta a vê-la afastar-se...

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Vá, chamem-lhe ovelha

Cabras Mohair, cabras Emo, cabras Angorá, bastante semelhantes mas todas cabras segundo diz o meu Google. Aquela que diz número 10 e que eu vos mostrei no post anterior, até pode ser ovelha, mas se for, está infiltrada e é um espião. Isto não se pode confiar em ninguém, nas cabras então, está mais que visto, são peritas em disfarces. :)))



As cabras

Acho giras as cabras, sei lá, gosto de as ouvir balir.
Gosto tanto do balir das cabras que quando alguém espirra lá no estaminé do trabalho eu grito Béééé! Às vezes até abro portas e janelas para fazer uma corrente de ar daquelas para eles espirrarem e eu poder dizer: Béééé! Enfim, gosto do balir das cabras.
Há cabras que balem baixinho e há outras que balem tão alto que até dá vontade de as estrangular. Há cabras sossegadas que até dormem a sesta e deixam o resto do rebanho (não é rebanho é "fato" eu sei, mas fato também pode ser um determinado acontecimento ou uma vestimenta por isso chamemos-lhe rebanho) descansado, mas há outras que saltitam constantemente por todo o lado importunando e enervando as suas colegas de cerca fazendo-as desesperar, balir de volta e por vezes dispersar. Algumas chegam a ser tão malinas que até dão coices. Saibam que há cabras, que à semelhança dos seus machos, têm chifres e barba. Vejam vocês bem, cabras que balem aos gritos e com chifres e barba. Uma imagem demoníaca, só vos digo.
Mas também há cabras fofinhas e meiguinhas que só balem quando estão muito aflitas, valham-nos essas para salvar a raça caprina, embora algumas que balem baixinho tenham chifres e barbas maiores que as outras, isto no que toca a balidelas de cabras, nunca se sabe ao certo. 
Há ainda cabras selvagens e cabras domésticas de raças que nem vos passa pela cabeça a quantidade. Só assim para resumir e generalizando, além de outras raças de certos locais e países, há cabras leiteiras, cabras cegas, cabras anãs, cabras mochas e cabras mesmo cabras. É um cabredo que só visto.
E depois há eu, que tenho dias.

imagem retirada da net

domingo, 7 de junho de 2015

Porque eu mereço

Pois, já cá faltavam umas fotografias de grandes repastos  e grandes dietas. Bichezas cozidas são dietéticas não são? Pois são.
É que isto de andar a pedalar com trinta e tal graus debaixo de um sol abrasador, durante umas horas, deixa uma gaja desidratada e desnutrida.
Tinha porque tinha de vos mostrar os meus produtos Fast Recovery, não tinha? Bom domingo.



sexta-feira, 5 de junho de 2015

Em que é que ficamos?

Nunca se sabe quem nos lê.
Nunca se sabe se quem nos lê nos conhece ou não conhece ou até se pensa que conhece e não conhece.
Nunca se sabe ao certo as consequências de certas palavras que dizemos ou escrevemos, pois o que dizemos ou escrevemos nem sempre é aquilo que as pessoas ouvem ou lêem.
É portanto prudente, é seguro, é educado e é de bom tom que não se fale nos blogues de trabalho, dos colegas de trabalho, dos patrões. Também não se deve falar das sogras, nem dos filhos nem dos maridos ou dos amigos, muito menos postar fotos dos mesmos. É de todo imprudente falar-se de política ou de futebol. Necessário é, ter imenso cuidado ao opinar sobre determinados assuntos porque os que estão contra, há sempre os que são contra, seja o assunto qual for, iniciam de imediato uma guerra, manchando e denegrindo honras e imagens de todos os que se atrevem a opinar ou a responder, havendo muitas vezes represálias. Há que ter também algum cuidado ao falar de dietas e de desporto sob o risco de se ser criticado e enxovalhado por querer ter uma vida saudável e contar as suas aventuras. Falar sobre moda é o mesmo que ser considerado fútil, pouco inteligente, vaidoso e sem gosto. Arte e literatura ou cinema é uma seca e poucos lêem, viagens é a pessoa a armar-se, falar sobre si próprio é ter um ego desmedido, falar de tristezas é triste e chateia, falar de alegrias é porque é mentira e falar de projetos, motivações, queres e gostos, é igualmente um alvo a criticar.
Ainda, falar das mulheres é feminismo e falar dos homens é "homeismo" (inventei agora mesmo)
Falemos então de quê ein? Em que é que ficamos? 

quinta-feira, 4 de junho de 2015

Somos quatro

Já lá vai o tempo em que a azáfama e a atrapalhação tomava conta das nossas quatro vidas todas as manhãs. Andávamos feitos baratas tontas cada um em sentidos opostos a fazer funcionar as manhãs. Era um custo  fazê-los acordar e levantar, era uma canseira lavá-los e vesti-los, uma chatice fazê-los comer o pequeno almoço, metê-los no carro e deixá-los no infantário ou na escola a horas de chegar a tempo ao trabalho. Por vezes bastava uma birra daquelas teimosas para deitar por terra os nossos horários e a calma e discernimento necessários para iniciar um árduo dia de trabalho.
Por isso as minhas manhãs foram começando cada vez mais cedo para que não houvesse atrasos nem stresses de maior pois faço questão de ser pontual em tudo.
Esse hábito, o das manhãs, entranhou-se, enraizou-se, foi ficando e ainda hoje me levanto cedo, aprecio a calmaria, gosto do meu tempo, das minhas rotinas matinais. 
Ainda somos quatro, cada um com o seu acordar, cada um com uma velocidade diferente, cada um com os seus passos, certos e iguais todos os dias (quase todos). Cruzamo-nos pela casa, cada um nas suas rotinas, os quatro sincronizados e nunca chocando uns com os outros. Parecemos peças de um puzzle, únicas e individuais mas que encaixam umas nas outras quais autómatos programados.
Todos têm tarefas definidas, um abre as janelas e vai ao pão, outro dá comer aos gatos, dois fazem a cama, dois estendem roupa, dois põe objetos nos lugares, aliás, dois fazem tudo e outros dois  levantam-se calmamente, arranjam-se, comem e saem para as suas vidas, ainda assim somos quatro e temos um acordar tranquilo, que nos faz enfrentar os dias serenamente (nem sempre). Gosto das minhas manhãs de hoje.

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Dance fusion fit

Diz que é uma fusão de várias danças e a pedido de várias famílias lá do ginásio, uns queriam zumba, outros kizomba, outros ritmos latinos, bla, bla, bla, whiskas saquetas. Baralharam tudo e deram-nos Dance Fusion Fit. Fui!
Bom, a-d-o-r-e-i! Nesta primeira aula, o Bruno deu-nos umas sete músicas de danças diferentes umas das outras com 15 minutos de fit à mistura. Soltei a franga, fiz movimentos de dança inimagináveis e curiosamente adorei o hip hop e o kizomba. Cheguei ao fim lavada em água e o que eu me diverti, passei a aula às gargalhadas com a minha figura no espelho, uma gaja faz com cada coisa... Se os meus filhos me vissem a dançar hip hop :))) Vou repetir seguramente e aconselho, as coreografias são fáceis e cada um dá-lhe o toque que quiser. Solta o stress, diverte e faz transpirar. Bora lá pessoal, mexam-se.


DANCE FUSION FIT®
                                 
 
É a maneira mais divertida de juntar o fitness com a dança. Este programa pré-musicado é composto por segmentos cardiovasculares de ritmos variados como o Latino, Hip Hop, House, Reggaeton, Tribal, Pop Dance 70' & 80', Rock&Roll, Árabe, Flamenco, Reggae, Techno, Axé da Bahia, Ragga, Salsa, Stripdance... Tributos aos ABBA, Michael Jackson, Queen, Ladies Night, Natal, Gipsy Kings, Madonna...
 
É uma aula com diferentes intensidades, consoante a velocidade da música (bpm) a amplitude e a energia dos movimentos.
 
Cada aluno pode dançar e expressar-se livremente, nas coreografias muito simples, inovadoras e super divertidas, criadas pelo instrutor (Free Style). A taxa de sucesso para os alunos desde a primeira aula é de 99,9%, comprovado em vários países (Portugal, Brasil, Espanha, Republica Checa...).

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Juro que um dia ainda hei-de voltar a saber cozer ovos como outrora


E eu que sabia cozer ovos tão bem.
Era eu, após ter cozido tão bem vários ovos, a dizer "jantar" e eles a aparecerem a correr dos quartos e da sala e a degustarem avidamente os meus ovos tão bem cozidos e a comentarem: "Ai que ovos tão bem cozidos!" E eu, de ego tão inchado, ficava com a certeza que sabia cozer ovos mesmo bem.
Vai-se a ver... e parece que já não sei cozer ovos.


Talvez se tivesse colocado água no tacho...