terça-feira, 29 de setembro de 2015

Acabou a aventura Açoriana

Acabaram-se as lagoas, acabaram-se as vacas, a bosta, os bifes, os banhos de água quente que brota da terra e as subidas e descidas a pedalar por terras Açorianas. Acabaram-se os pastos verdejantes, as hortenses, os fetos gigantes e as piscinas naturais. Também se acabaram algumas imagens menos boas de quedas, braços partidos e avarias que puseram tantos sonhos de tanta gente de parte.
Na mala trouxe um saco de queijos e entre a roupa suja as pulseiras do desafio para recordação, quero lembrar-me sempre que olhar para elas que aos 48 nos superei mais um desafio tão duro e difícil. Quero lembrar-me sempre dele quando me disseram que não sou capaz ou quando puserem em causa o meu valor...
Trouxe também uma máquina cheia de fotos e de sorrisos e de novas pessoas. No coração trouxe a já saudade e a alegria. E na alma trouxe tudo, essa veio cheia. Cheia de memórias, de imagens, de pessoas e de situações que me acompanharão pelo resto da minha vida...
E entretanto outra aventura está na forja.

Uma pequena amostra de uma subida

As ditas vaquinhas

segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Etapa III Ponta Delgada -Sete Cidades - Ponta Delgada

Feito!
Azores Challenge Mtb terminado. Desafio superado.
Estou cansada, de rabo todo assado mas ja sem cheiro a bosta de vaca que um bom banho tratou do assunto, um belo de um bife com um tinto Açoriano a acompanhar e  estou quase nova.
Hoje, além de montes de bosta espalhados por todo o lado  qual campo minado, um verdadeiro jogo de sorte não pisar tais armadilhas, ainda passamos por um lago de bosta, sim aquilo era um enorme lago de bosta, quem não  conseguisse pedalar e pusesse o pé  no chão,  ficava com ele enterrado. Uns diziam que era lama mas eu posso comprovar que não pois fui atingida por um fragmento que saltou da roda da bike que seguia a minha frente e era mesmo merda cujo cheiro me acompanhou por muitos e longos kms de subidas e descidas. O percurso foi muito duro, mais kms, mais subidas, mais descidas. Mas o que ganhei em convívio e companheirismo, em paisagens maravilhosas, em satisfação e alegria deixou-me deveras mais rica. Sinto-me riquíssima pois não é apenas nos livros que se aprendem coisas, é também nas alegrias e nas dificuldades. Estas ensinam-nos imenso.
Subimos e percorremos todo o topo  da cratera da lagoa azul das Sete Cidades, descemos e percorremo-la rente a água, voltamos a subir e percorremos o topo da lagoa verde, voltamos a descer. Tudo atapetado a verde e com o mar muito azul e imenso do outro lado. Indescritível...
Pelo  caminho adoptamos um terceiro elemento para a nossa dupla. Fizemos uns amigos e a bike dele avariou, ela continuou connosco. Chegamos a meta os três de mão dada. Foi lindo.
Contar-vos-ia montanhas de coisas mais, mas já  nem consigo abrir os olhos de tanto sono e cansaço. Fica para depois.
Inté

sábado, 26 de setembro de 2015

Etapa II - Ponta Delgada -Lagoa do Fogo - Ponta Delgada

Feito!
Os mancos, o marreco e a Gaja da dor por baixo da costela estão-se a safar.
Duro, muito duro. A subida até  a Lagoa parecia não  ter fim, foram kms e kms sempre a subir e as descidas eram muito perigosas. Bastantes quedas, felizmente nenhuma comigo.
Vacas, bosta de vaca, cheiro a bosta por todo o lado, as rodas da bike cheias de bosta de vaca, toda eu  estornicada de bosta de vaca. Estou farta de vacas, uma delas assustou-se a nossa passagem e desatou a correr na nossa direção. Assustei-me tanto que pedalei por ali a baixo a toda a velocidade, estava a ver que espetava em alguma árvore que por ali aparecesse de repente, mas não. Para me vingar de tanta vaca, tenho-lhes  comido os seus belos bifes e os seus queijos. E se eles são  bons...
Estou cansada e tenho as pernas a pedir esplanada e umas bebidas frescas para amanhã e apesar de termos  ido relaxar esta tarde para as águas  quentes da Poça da Dona Beija nas Furnas, estou receosa com a etapa pois tem mais quilómetros e ainda mais subidas...
Tiramos fotos, paramos varias vezes para ver a paisagem, abastecer e confraternizar com meio mundo, os que vieram com o mesmo espírito  que nós, porque os outros, os que vieram para ganhar só os vimos passar por nós, não  dão  confiança a ninguém.
Resumindo, cansada mas feliz.
Inté

Etapa I o prólogo

Já  está!
Prova de velocidade de 3,5 kms. Arrancar a frio a cento e duzentos, aliás, o mais depressa que consegui não  foi fácil. Isto para mim não  é uma competição,  mas não quero ser a última  dupla da tabela, não sei se sou mas fonix  que me ia saltando o coração  pela boca. Por muito que a classificação não  nos intetesse é mais forte do que nós  dar o melhor e as pessoas pelo caminho a baterem  palmas dá-nos velocidade  extra. Se não  dá, pelo menos dá-nos incentivo.
Amanhã  é para curtir e em ritmo de passeio para chegar ao fim em condições de fazer a terceira etapa. A minha dupla tem um handicap de 20%, pela idade e porque eu sou mulher,  partimos quinze minutos  mais cedo.
Este ambiente dá  cá  uma adrenalina, um frenesim de arrepiar....
Então inté, vou descansar.

quarta-feira, 23 de setembro de 2015

A brigada do reumático

Quase tudo pronto. Amanhã vou para a ilha.
Sexta-feira começa uma aventura chamada Azores Btt Challenge com um prólogo nocturno de 3,7 kms, sábado e domingo é sempre a abrir por terras de S. Miguel com etapas de 64 e 78 kms por entre lagoas e vacas. A ver!
A ver porque dos quatro nenhum se aproveita. Um caiu no sábado mal consegue andar, outro teve uma ruptura de um músculo da perna há três semanas e tem andado na fisioterapia, o outro anda com as costas enfaixadas com uma crise de coluna e eu pespegou-se-me aqui uma dor por baixo da costela, mesmo junto ao coração que me dificulta a respiração e a qual não conseguiram descobrir a origem. Só consigo respirar bem à conta da medicação, portanto, temos aqui duas duplas que é um espectáculo. Do grupo só se salvaram mesmo as outras duas mulheres  que estão sãs e escorreitas para ir passear de carro.
Portanto, a ver. 
Dois mancos, um marreco e uma gaja com falta de ar, não sei, mas é coisa para uma prova de paralimpicos. Não sei o que raio meteram na água desta zona para andarmos todos paralíticos.
Posto isto,  espero que como que por magia todas estas mazelas desapareçam assim que começarmos a pedalar e que consigamos chegar ao fim sem problemas de maior. Acima de tudo espero conseguir curtir tudo aquilo e divertir-me à brava. 
Ah, espero também não levar com bosta de vaca na tromba que aquilo é vacas por todo o lado.
Inté

domingo, 20 de setembro de 2015

Há coisas

Há emoções que sentimos, sentimentos que vivemos e que dificilmente conseguimos explicar ...


Há coisas que os nossos olhos vêm que nos deixam sem palavras...


Há caminhos que devemos percorrer....



sábado, 19 de setembro de 2015

Pois não...

"Distância não significa nada quando alguém significa tudo"


Filhote partiu para a sua nova vida, esta é a paisagem que ele vai ver muitas vezes.
Bora lá andar com isto para a frente.

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

Vera, a Loira chamada à recepção

Voilà:


Acabaram de chegar as minhas meias Loirete que ganhei no Também Quero um Blog da Loira. São as meias mai lindas de todo o sempre e que vão comigo até aos Açores. Agora é que vai ser pedalar sem frio nas pernocas. Obrigada Loira, combinem lá esse passeio de Loiretes :)

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Presentes especiais para pessoas especiais

Há  de facto lojas que não deixam nada ao acaso.  Deviam aprender umas com as outras. Independentemente do conteúdo, que até  podia estar vazio que o embrulho já  valia, até o saco foi perfumado. Pena que o presente não foi para mim,  mas comprei para alguém  especial, fico feliz  na mesma.

terça-feira, 15 de setembro de 2015

Quase prontas


As nossas bichinhas (bikes) vão amanhã para a capital para apanharem o barco rumo a S. Miguel. Tudo a correr bem e na próxima semana juntamo-nos a elas para três dias de aventura. Espero que o mar se acalme entretanto...

A árvore encantada



Olhei-a encantada, inebriada pelo seu cheiro a verde e a flores, apaixonada pelas suas cores luxuriantes, extasiada pela sua beleza, pela sombra que me proporciona, pelos pássaros que nela fazem os seus ninhos, dando-lhe vida extra e chilreando todas as manhãs. 
É uma árvore encantada, gigante que já me tapa todo o telhado do churrasco e da casa da lenha. As guias superiores crescem para o céu como se quisessem tocar as nuvens num contraste de tons. 
Admirei-a vezes sem conta, já a fotografei outras tantas, já me abrigou do sol e da chuva, já me guardou do calor e do frio. Vive ali há mais de 20 anos, quase tantos quanto eu.
Olhei-a de novo. Uma e outra vez. Não me canso de a olhar...
Filha da mãe da buganvília que lhe vão cair todas as folhas e todas a flores até se encontrar completamente nua por altura do inverno. Filha da mãe dos pássaros que me cagam o chão todo. As guias depois de caírem as folhas e as flores secam que até tenho medo de acender o churrasco com medo que aquilo se incendeie.
Puta que pariu que até ao inverno vou andar semanas e semanas da minha vida a varrer flores e a limpar porcaria de pássaro do chão... Acho que este inverno vai levar uma poda.

domingo, 13 de setembro de 2015

O porco


Não sei para que raio serve este porco além de guardar moedas e notas e um dia ter de o esfodaçar com um martelo para as tirar. Isso e para me lembrar da maior molha da minha vida. E o que eu me esfalfei para ganhar a porcaria do porco? Só as cuecas não estavam molhadas porque não uso cuecas para pedalar mas toda eu pingava da cabeça aos pés, gelada e cheia de lama, os sapatos quando os tirei deviam ter um litro de água cada um. Decorreu uma hora até que as minhas unhas deixassem de ficar roxas. Algumas outras ganharam porcos, mas eu fui a segunda com mais de 40 anos a ganhar um. Nada de especial eu sei, só tem valor para mim. E o que me apeteceu matar com uma catana quem teve a ideia de ir a esta maratona porque o almoço era leitão? Mas acabei por não matear ninguém já que foi o melhor almoço de todas as maratonas a que já fui e agora que já passou, é mais uma aventura para contar aos netos. Eu sei, fui porque quis e porque tenho uma grande panca. Inté.

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

O grande desafio

Diz-se do desafio que é uma batalha que se trava para conquista de algo.
Muitas foram as batalhas que já travei, algumas bastante fáceis, outras difíceis como tudo, outras então, aparentemente impossíveis de vencer. Ganhei algumas, outras nem por isso, talvez por falta de força ou por não dependerem apenas de mim ou mesmo por falta de estratégia, mas nunca perdi uma batalha por falta de luta, por falta de coragem ou por me deixar vencer pelo medo. Vontade e determinação nunca me faltam, mas há desafios e desafios.
O que me dizem é que, como em tudo na vida, há que ter bom senso e conhecer os nossos limites. 
Há quem me diga que ainda não conheço bem os meus, há quem me dê força e me diga que vai ser difícil, mas que não me preocupe, há quem me diga que vou conseguir e há quem me diga que sou louca.
Eu, como em tudo na minha vida, aceitei-o sem pestanejar dizendo que desafio é  o meu nome do meio, mas.... e os meus limites?
De ora em diante, o frio na barriga vai~se agigantando.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Isto de estar a água

Pois hoje tive de me ficar pela água.  É que isto de ir o departamento inteiro almoçar francesinha e beber sangria  e ter de trabalhar á tarde não  é bom. Aliás,  ser bom até  é, mas não para o próprio do trabalho, que nos dá  a sonolência, além  disso o hálito  a vinho não  é lá  muito profissional.  E depois temos os saltos altos.  Sangria , saltos altos,  barriga  cheia e sonolência nao é bom. Não  é!
A ver se para a próxima  não me esqueço de pedir apenas uma folha de alface e um copo de água.

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

Coisas de gaja

Sei que já vou tarde, mas fica a dica para o ano que vem, se é que ainda não conhecem esta receita milagrosa e milenar que já vem da avó ou da mãe e que passa de geração em geração.
Para as moçoilas que têm os calcanhares tão secos e gretados que parece que andaram a cavar descalças tardes inteiras, para aquelas, como eu, que não gostam de ir à pedicure porque têm cocegas e os pés tão escanzelados e sem calosidades que vêm de lá sempre com um bife a menos e para aquelas que não têm paciência para estar com os pés de molho e depois raspá-los, besuntem-nos com um creme apropriado para pés ou mesmo outro creme gordo qualquer e calcem umas meias durante algumas horas. Vão ver, ficam com uns pés de seda. Vale?
Ou isso ou colocar os pesitos dentro de um tanque com peixinhos, mas cuidado, vejam se não são piranhas...

Os livros das nossas vidas

Um livro é um livro.
"Um produto intelectual que encerra conhecimento e expressões individuais ou colectivas. Um livro é um trabalho literário, científico ou outro."
Ou não.
Um livro e também um conjunto de folhas primeiro em branco e depois repletas de letras que juntas constroem frases, contam histórias, transmitem conhecimento, fazem chorar, rir, enchem o nosso coração de emoções. Umas boas, outras más. Muitas não chegam nunca a ser um livro, são textos, pequenas histórias, pensamentos, observações, opiniões.
Muitas pessoas gostavam de escrever um livro e eu não sou exceção. Não que ache que seria capaz de encher folhas e mais folhas de bonita e qualificada prosa ou de uma história de amor com fim feliz , um thriller arrepiante, ou até versos capazes de serem lembrados para todo o sempre. Não. Mas seria capaz de escrever o livro da minha vida, repleto de capítulos, uns cheios de graça, outros cheios de tristezas, muitos de amor. Cada etapa da minha vida daria certamente, não digo um best-seller, mas um livro repleto de aventuras. Vários novos capítulos estão a iniciar-se constantemente, cujas páginas praticamente se viram a uma velocidade estonteante. A vida acontece todos os dias e todos dias  seria afinal capaz de escrever  uma página deste livro que é a minha vida. Não  serão  os blogs pequenos livros?

terça-feira, 8 de setembro de 2015

A terceira gaveta

Até podia ser o terceiro planeta do sistema solar ou a terceira estrela mais brilhante do firmamento ou até mesmo a terceira medalha de uma prova internacional de arremesso de bosta, mas não, é a terceira gaveta da minha secretária. Aquela onde guardo uma imensidão. Não uma imensidão de céu ou de mar, mas uma imensidão de coisas. Umas vêem-se, outras não.
O que se vê é chá, café e bolachas, chocolates, o papel higiénico para assoar o nariz, os rebuçados para a tosse, os meus ansiolíticos (M&M's) facas e colheres. Ainda lá falta a caixa da marmelada para barrar as tostas que está no frigorífico, a fruta que se acabou e os pensos higiénicos que estão no wc. Eu não misturo essas coisas, vá.
E o que não se vê. Segredos. Palavras por dizer, gestos por fazer, atitudes por tomar. Esta gaveta tem até alguns assuntos por resolver. Um ou dois apenas, mas tem.
Esta gaveta está gasta de ser aberta e fechada e o seu conteúdo é reposto sempre que haja essa necessidade. Muitas são as vezes em que a abro para deixar sair tudo isto, mas outras tantas a volto a fechar para que nada saia. Há gavetas que não devem ser abertas e cujo conteúdo não deve sair... 
Não vivo um dia útil sem abrir e fechar a minha gaveta umas vinte vezes.


domingo, 6 de setembro de 2015

Só stresssss

Sofrimento de mãe entranha-se-nos na pele, dá-nos urticaria, arrepios, murros no estômago e ansiedade a cada dia que passa. Há dias em que não se consegue respirar, outros que doem, muitos de medo e outros ainda em que se morre, muitos em que se renasce. Uma mãe nunca se habitua a sofrer e as dores de uma mãe são sempre do tamanho do mundo.
Esta noite saiam os resultados das candidaturas às Universidades por volta da meia noite mas algumas horas antes os mails com os resultados começaram a chegar. O site da DGES empacou. O Facebook começou a encher-se de alegrias e parabéns e nós à espera. MaiNovo em ânsias e nós a tentar manter a calma. Os minutos passavam lentos, muito lentos até e o mail não chegava e o site empacado. Eu sempre a acreditar na nossa estrelinha com muita força mas o mail não havia meio de chegar e o site continuava empacado. Acho que passaram horas, dias, meses, talvez até anos. Quando ele já achava que não tinha entrado em  lugar algum e eu a pensava que a estrelinha afinal tinha ido brilhar para outras paragens, todos à beira de um ataque de nervos já a pensar num plano B, chegou O MAIL. Yeah!
MaiNovo entrou no curso escolhido, não na escola que escolheu em primeiro lugar, mas na segunda, um pouco até mais perto de casa. A alegria e a ansiedade do que se segue misturam-se. Arranjar casa, matricula, transportes alimentação e toda uma logística para tratar em poucos dias. Venham eles, não somos os primeiros nem os últimos a passar por isto. Sofrimento de mãe é lixado.

sexta-feira, 4 de setembro de 2015

E agora Noname? Já posso postar alguma coisa de jeito e acabar com a brincadeira?

Outra experiência

Agora vom telemóvel

Experiência, não liguem :))

bla, bla, bla whiskas saquetas

1, 2, 3

Ideias brilhantes

As minhas, claro, sou fértil em...
Mudei de Iphone para Samsung! Um tinha sistema IOS, o outro tem Android. Todos diziam que era melhor, mais fácil, mais intuitivo, mais renhónhoó, bla, bla, bla whiskas saquetas. = Android era tudo e mais alguma coisa, o melhor da cantareira. Mudei.
Tretas!!
Ando há dias toda lixada dos pirolitos para atinar com esta coisa. Tenho duas contas Google e o gajo ficou todo baralhado. Não consigo sincronizar, não consigo publicar posts no blog, os contactos estão todos misturados e o GPS todo marado. Só me apetece ganir e dar cabeçadas na parede a ver se me sai a loirice. Filha da p@ta de ideia a minha!

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Tiques e manias

Diz-se dos tiques que são movimentos ou sons breves, repetidos, sem objectivo ou propósito claro, por vezes socialmente desadequados e embaraçosos. Já das manias, diz-se que são hábitos caracterizados por alguma fixação ou repetição exagerada de gestos sem classificação de transtorno se não causarem grande prejuízo na vida do indivíduo.
Eu cá não sei se será tique ou mania, nem onde fui buscar isto, mas também o que é que isso interessa, se a maioria das pessoas, quando as observarmos bem, verificamos que têm tiques ou manias. E o que eu gosto de observar as pessoas... 
Os tiques e as manias que eu já vi, estarei portanto classificada entre a maioria, a que tem tiques e/ou manias.
Também não sei se alguém já descobriu algum dos meus, mas eu até vos digo. Eu conto degraus!
Pois, eu sempre conto os degraus das escadas que subo ou desço. Para quê não sei, talvez para saber a distância que me separa de certas coisas, talvez para saber quantos degraus tenho de subir depois de descer e vice-versa, talvez para manter a mente ocupada ou até para me distrair de outros assuntos. Sei lá eu, só sei que é estúpido contar degraus e ocupar a cabeça com escadas de vários lugares do mundo. É que às tantas baralhou-se-me tudo e já só sei quantos degraus tenho em casa e por isso subo-as e desço sem luz e de olhos fechados. De outras escadas, varreu-se-me tudo.
Se for mania já é quase transtorno pois já caí ao degrau 13 de uma escadaria em Veneza, já escorreguei no degrau 6 cá de casa e um dia destes e dirigia-me eu à produção no local de trabalho, tão entretida a contar degraus que quando dou por mim, se não tenho o reflexo de mandar as mãos ao peito de um funcionário em sentido contrário, (ainda bem que foi ao peito), tinha-lhe dado uma cabeçada, sabe-se lá as consequências que poderiam ter causado tal acidente.
Isto de contar degraus está a tornar-se perigoso.
Mas tenho a dizer-vos, antes contar degraus do que ter a mania de coçar os tomates, até porque não os tenho e teria de coçar tomates alheios.
Bom, posto isto vou ali contar os degraus até ao quarto, são 16, mas é sempre bom contá-los não nascer lá mais um.