sexta-feira, 28 de abril de 2017

O que nos mostram

Sorrir quando quer chorar, correr quando que parar. Não poder quando quer amar, contrariar quando quer apoiar, apenas olhar quando quer abraçar.
Nem sempre aquilo que nos mostram é mesmo o que nos mostram.

terça-feira, 25 de abril de 2017

Noventa e seis horas

Eu vi serras eu vi mares
Eu pedalei sem parar
Estou demente eu sei
Mas é assim que gosto de estar


Quatro dias, noventa e seis horas, cinco mil setecentos e sessenta minutos de suposta pausa e descanso. Nestes dias pedalei tresentos e quarenta quilómetros. Pois. Larguei tudo e pedalei.
Além de dores no rabo e nas pernas, não sei o que procuro ou sequer se procuro alguma coisa. Talvez fuja de algo não sei, só sei que estes momentos me fazem esquecer. Esquecer do estado do mundo, da pequenez de algumas pessoas, da ingratidão de outras, do trabalho por resolver, das paredes da sala à espera de serem lavas, da roupa por engomar. Do meu lado negro também.
A questão é que quando chego a casa tudo está igual. 
Exceto eu.


quinta-feira, 20 de abril de 2017

Prazer solitário

Colhi um pouco de sol
Colhi um pouco de mar
Guardei-os no meu bolso
Para mais tarde me deleitar

quarta-feira, 19 de abril de 2017

Para sempre

A cuidar das flores te imagino
Nestes dias de saudade
E sempre que elas florescem
Penso em ti até à eternidade....

terça-feira, 18 de abril de 2017

Difícil de entender

Não compreendo esta angústia que por vezes me nasce no peito durante a noite apanhando-me adormecida e desamparada e acorda juntinho a mim em algumas manhãs cinzentas. Tolda-me o pensamento, atrofia-me o espírito, tira-me o ar e me inunda de tristeza. Aparece sempre em alturas inesperadas chegando de mansinho e pintando de cinzento tudo à minha volta.
Não compreendo.
Assim como não compreendo que se vá desvanecendo, dissipando ao longo do dia transformando-se em alegria e boa disposição.
Chego a pensar que o meu outro eu, sim tenho um outro eu, mais escuro e tenebroso, esteja à tentar apoderar-se de mim....

Quem diz que uma bike não cabe num Mini?

Está enganado pois está. Eu própria jurava que não cabia.

quarta-feira, 12 de abril de 2017

Guerra, só depois do café

A vida é uma guerra, o trabalho é uma guerra, as pessoas são um guerra. Eu própria sou uma autêntica guerra e todos os dias me levanto e me apronto para tal.
No entanto, guerra que é guerra, só depois do café que antes não há cá guerra para ninguém.
E o café tem de ser curto, intenso, sem açúcar e bem cedinho que gosto de começar as guerras assim que nasce o dia.
Mas havia de fazer uma pausa na guerra que estou a ficar cansada.
Mesmo com café as Guerreiras têm de descansar. Não têm?

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Mulheres polvo

Não sei quem decidiu dizer que as mulheres são multifunções e conseguem pensar e fazer várias coisas ao mesmo tempo. Bom, até somos e até pensamos e até fazemos montanhas de coisas enquanto o diabo esfrega um olho, mas, mas... Então e quando pela milésima vez chegamos a casa a correr à hora de jantar o próprio jantar e verificamos que não pensámos no simples pormenor de tirar algo da arca antes de sair de casa às oito da matina e esgotámos todas as ideias e improvisos e nem sequer encomendámos um frango de plástico na loja da esquina, ein? E quando temos a casa cheia de homens esfomeados que só sabem fazer uma coisa de cada vez que é estrelar ovos e/ou colocar no microondas comida congelada ein? Bom gente entendida e estudiosa, ou decidem que também os homens conseguem pensar e fazer várias coisas ao mesmo tempo incluindo de manhã lembrarem-se que têm de jantar à noite e saberem cozinhar sem destruir a cozinha ou eu quero ter uma pilinha para não ter que pensar em nada. Aliás, para pensar apenas uma coisa de cada vez, como ter fome por exemplo.

quinta-feira, 6 de abril de 2017

Quem tem amigas assim...

Que oferecem massagens de relaxamento no aniversário cá de moi même, tem tudo.
Fui hoje receber o meu presente, Oh! coisa mais boa.
Faço anos em Janeiro, alguém quer adiantar-se, quer?


domingo, 2 de abril de 2017

Sonhar, sempre

Esta manhã quando acordei preparei-me para guardar os sonhos debaixo da almofada e vestir a pele profissional para a semana, mas depois pensei, porquê? Porquê guardar os sonhos e não dar-lhes asas todos os dias, porque não deixá-los voar a nossa volta, pintar-nos o céu de sorrisos, a terra de alegrias e o coração de esperança? Porque não deixá-los fazer parte das nossas rotinas. Porquê? Trouxe-os comigo.

sábado, 1 de abril de 2017

Cenas alternativas

Estica aqui, torce ali, empurra, puxa, para os lados, para a frente, para trás, agulhas ao longo da perna, fita adesiva e até à próxima sessão. Aguardo a construção das palmilhas para corrigir os pés que no final de contas me causam as dores no joelho e na perna e me impedem de correr e caminhar sem dor. Daqui a mais umas sessões estou nova diz o matulão de dois metros que me anda a esticar. Sem químicos, sem contra indicações, sem efeitos secundários.
Cenas alternativas...